Descrição
Espécie oleaginosa riquíssima em ácidos graxos essenciais (ômega 3, 6 e 9), proteína e vitaminas (a e e).
A popularidade de sementes de Sacha inchi não foi gerada apenas por marketing comercial, e sim, endossada entusiasticamente pelos principais cientistas nutricionais internacionais.
Como uma planta nativa da Amazônia peruana, Sacha inchi foi descrita pela primeira vez em 1753 pelo naturalista Lineu, ainda, a primeira classificação cientifica foi feita em 1980, como resultado da análise do instituto Cornell de ciência dos alimentos. O reconhecimento final foi atribuído, em Paris (ano 2004), quando recebeu o prêmio “medaille d’or” (medalha de ouro mundial), concurso de melhor óleo comestível. Hoje, a maior produção de sementes vem da região de San Martin, Norte do Peru, onde as lavouras são cultivadas em pequenas propriedades espalhadas pelas aldeias.
A riqueza nutricional do óleo de suas sementes reside principalmente na sua composição de ácidos graxos. Ele tem uma concentração mínima de ácidos gordos saturados e níveis elevados de oleico (omega-9), ácido linoleico (omega-6) e Linolenico (omega-3), calculado de forma proporcional, as suas concentrações de ômega-3 só são comparáveis com o peixe e ainda; consideravelmente maior. A semente em si contém 49% óleo, 33% proteína, 11% fibra, e altas concentrações de cisteína, tirosina e treonina. Devido à baixa presença de taninos, sua proteína é altamente digerível (mais de 96%).
Por conta de suas qualidades nutricionais “únicas”, Plukenetia volubilis possui um enorme potencial econômico. Suas sementes são utilizadas no setor de cosméticos, indústria alimentar, suplementos vitamínicos. As sementes são consumidas assadas, caramelizadas, cozidas, compotas, processadas com mel (como nougat), adicionadas em diversos pratos da culinária peruana. Os nativos usam suas sementes esmagadas (com aplicação localizada) para tratamento de artrite e dores musculares. Os efeitos de rejuvenescimento é amplamente explorado na indústria de cosméticos.
Intensa pesquisa sobre esta espécie tem como objetivo contribuir na implementação de Sacha inchi nos sistemas agrícolas daquela região, como cultura alternativa e diminuir a dependência dos agricultores locais sobre o cultivo da coca.
A espécie é de muito fácil cultivo, extremamente adaptável às condições climáticas, cresce e desenvolve melhor em solos com Ph entre 5,0 e 6,5, com boa disposição de água, altitudes que podem variar de 200 – 1800 metros acima do nível do mar, podendo florescer e produzir sementes em seu primeiro ano em cultivo.
Um verdadeiro tesouro étnico que encontra reconhecimento adequado no mundo moderno. Uma cultura preciosa da natureza que permaneceu esquecida ao longo de milhares de anos.